Nos últimos anos as marantas e calatheas ganharam popularidade, principalmente na decoração de ambientes internos.
Há dois motivos: a beleza da padronagem das folhas, que são comparadas à pinturas, tamanha a beleza e também a preferência pelos ambientes de meia-sombra, comuns em salas, escritórios e apartamentos em geral.
Neste artigo explicamos quais são os tipos e como cultivar marantas. Confira!
Tipos de marantas
As marantas e calatheas pertencem à família Marantaceae. De acordo com informações da publicação “Guia de marantáceas da Reserva Ducke e da Reserva Biológica do Uatumã” (2008) há espécies pequenas e grandes nesta família de herbáceas, que apresenta 31 gêneros e cerca de 530 espécies.
O estudo também informa que as nomenclaturas vieram das características das inflorescências. Calathea, por exemplo, refere-se ao formato das brácteas da inflorescência.
Para cultivo doméstico, os tipos de marantas e calatheas mais comuns são:
- Tricolor
- Pavão
- Leuconeura
- Medallion
- Cascavel
- Rufibarba
- Burle Marx
Marantas e calatheas: como cuidar
A Calathea ou Maranta (Calathea ssp) é uma planta típica de florestas tropicais que aprecia bastante umidade e temperaturas mais altas.
Iluminação
Luz indireta ou meia-sombra. Recomenda-se locais próximos de janelas ou varandas de casas e apartamentos.
Regas
A maranta gosta de ambientes quentes e úmidos. Portanto, cuide para manter o substrato sempre úmido, mas sem encharcamento.
Duas regas por semana costumam ser suficientes. Essa frequência pode ser maior ou menor, pois depende das condições climáticas da região.
Adubação e cuidados
Para adubar marantas utilize húmus de minhoca ou adubo líquido. Aplique a cada duas semanas ou durante o crescimento ativo da planta.
Quando necessário, faça podas de limpeza e retire folhas secas ou queimadas.
Para fazer mudas, utilize o método de estacas e dê preferência para o período da primavera.
Calathea burle-marx
O nome da espécie é uma homenagem ao paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx que teve uma trajetória ligada à conservação das florestas tropicais no Brasil.
A planta se adapta a ambientes internos e externos. No cultivo doméstico, os cuidados são bem simples.
Em vasos ou jardins, cultive a meia-sombra. Faça regas frequentes, mas em quantidades moderadas. O substrato precisa ficar úmido, pois é uma preferência da espécie. Durante as estações mais frias, diminua as regas.
Se as folhas ficarem murchas e com pontos secos ou queimados ao mesmo tempo, atenção: pode ser excesso de luz solar no ambiente. Posicione o vaso em um local que receba luz abundante, mas não sol direto.
Nos espaços externos as marantas compõem bem os canteiros de jardins de estilo tropical. O uso paisagístico é bastante variado, já que há diferentes padronagens de folhas que podem ser utilizadas.
Dica extra: os cuidados recomendados para a maranta Burle Marx são os mesmos da maranta zebrina.
As folhas das marantas enrolam?
Além da beleza, o movimento das folhas das marantas também desperta curiosidade entre cultivadores, sobretudo os que desconhecem algumas de suas características.
É comum se surpreender com a mudança na posição das folhas e esse fenômeno desperta muitas dúvidas!
Encontramos a resposta no “Guia de marantáceas da Reserva Ducke e da Reserva Biológica do Uatumã”. O movimento das folhas das marantas acontece graças ao pulvino, uma estrutura especializada que faz com que as folhas ajustem sua posição ao longo do dia. Quando o sol nasce, as folhas se deitam e durante à noite, ficam na vertical.
Referências
Costa, Flávia R. C. Guia de marantáceas da Reserva Ducke e da Reserva Biológica do Uatumã. Guide to the Marantaceae of the Reserva Ducke and Reserva Biológica do Uatumã / Flávia R. C. Costa, Fábio Penna Espinelli, Fernanda O. G. Figueiredo. Manaus: INPA, 2008.
Maranta rufibarba, burle-marx e calathea zebrina. Veiling Holambra. Acesso em: 23/9/2021.