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Como plantar rosas? Do cultivo à poda

Como plantar rosas? Do cultivo à poda

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Não é segredo pra ninguém que a rosa é considerada a rainha das flores. Neste post, vamos ensinar todas as etapas para plantar rosas: o preparo do solo, dicas de regas, como e quando adubá-las e explicações sobre a poda, que causa muita dúvida nas cultivadoras de rosas.

A grande diversidade de cores, tamanhos e perfumes são apenas algumas características dessa planta tão amada!

Continue a leitura para descobrir curiosidades sobre a história dessa flor e quais são os principais tipos de rosa que podem ser cultivadas.

Como plantar rosas?

Para o plantio de sua roseira, prepare a cova cerca de 15 dias antes, cavando uma área de mais ou menos 30 cm ou que seja larga o bastante para receber o torrão de raízes da muda. No fundo do buraco, coloque uma colher de sopa de calcário dolomítico.

Após quinze dias, prepare a mistura com 2 colheres (sopa) de farinha de osso, 2 colheres (sopa) de composto orgânico e 1 colher (sopa) de NPK 10-10-10. Adicione esse preparo à terra vegetal, mexa bem e use esse substrato no plantio.

Roseiras de trepar devem ser colocadas inclinadas, a 20 centímetros da parede ou do suporte em que vão se apoiar. As de caule ereto necessitam de estaca.

cultivo de rosas trapadeiras
As rosas trepadeiras trazem mais cor e delicadeza ao jardim. Imagem: Annie Sprat – Unsplash.

As rosas não gostam de água em excesso e pegam inúmeras doenças quando as raízes são mantidas úmidas. Uma prática que não vale para a maioria das flores é regar próximo ao meio-dia.

No entanto, curiosamente, para a roseira esta é a melhor forma de evitar as doenças, pois permite às raízes aproveitarem a água num curto espaço de tempo e passarem o resto do dia secas.

Essa prática também evita o aparecimento das três doenças fúngicas mais comuns em roseiras: míldio, oídio e ferrugem.

Poda de rosas

Após plantar rosas, a maior dúvida é em qual época do ano realizar a poda. Muitas pessoas podam as roseiras nos dias 23 ou 24 de junho, respectivamente véspera e Dia de São João.

Há uma lógica para isso: 23 de junho costuma ser a noite mais longa do ano no Brasil, data que marcaria o fim da dormência das plantas e o início da brotação para a primavera. A poda anual (ou de formação) não precisa ser feita exclusivamente nesses dois dias.

 

Se você mora em uma cidade de clima quente, pode escolher qualquer data entre junho e julho para cortar os galhos mortos, velhos, secos, doentes e mal-formados.

O correto é cortá-los bem embaixo, uns cinco ‘nós’ acima da terra, pingando uma gota de própolis em cada machucado. Isso acelera a cicatrização e impede doenças.

Se você mora no Sul do país ou em região serrana, onde costuma haver geadas no inverno, adie a poda anual para agosto. Nessa época a temperatura está mais amena e os brotos não correrão o risco de congelar.

A poda de limpeza que é feita para remover flores secas e estimular a floração, deve ser feita toda semana.

Corte o cabinho de cada flor junto com três pares de folhas assim que as flores começarem a despetalar. Isso impede que as flores murchas desperdicem a energia da planta e atraiam insetos, melhora a ventilação entre os ramos e ainda faz a planta produzir uma florada mais cheia.

Adubação e reprodução das rosas

É importante não esquecer de adubar a roseira com NPK 10-10-10 uma vez a cada dois meses, para que ela fique tão saudável quanto bonita. Clique aqui e confira nossas dicas de adubação para outras espécies.

A reprodução das roseiras costuma ser feita por estaquia. Para isso, retira-se um galho de 20 cm a 30 cm bem formado, sem flores e com três pares de folhas. Corte a ponta na diagonal e espete a estaca na mesma mistura usada para o plantio, excluindo apenas o calcário.

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Mantenha esta estaca em local com muita claridade, mas de forma que não receba sol direto, e regue com um pouco mais de frequência, para manter a terra ligeiramente mais úmida do que se a muda já estivesse formada.

Em poucas semanas a planta terá produzido novos brotos indicando que já existem raízes novas, então é esperar mais algumas semanas e realizar o plantio em local definitivo.

Todas as rosas são comestíveis?

Todas as rosas são comestíveis, mas as perfumadas são mais saborosas. Então, caso pretenda cultivá-las para comer, cuide bem para que todo o cultivo seja orgânico. Há muitas receitas caseiras que podem lhe auxiliar a não utilizar fungicidas, bactericidas e inseticidas.

Vale lembrar que as rosas de floricultura que não são produzidas para consumo humano e sim para decoração possuem esses produtos. Então, não as utilize para essa finalidade de forma alguma.

Além de embelezar o ambiente e serem utilizadas na alimentação, as rosas rendem sucos, xaropes e águas aromatizadas. As pétalas são muitas vezes adocicadas e em algumas ocasiões se transformam em cremes e geleias.

Resumo

  • Propagação: por estaca, muda ou semente
  • Iluminação: sol pleno
  • Rega: pouca água
  • Plantio: o ano todo
  • Perfumada: sim
  • Floração: o ano todo

jardim vertical

História

Em todas manifestação de arte a rosa se faz presente. Seja na poesia, na pintura ou na decoração. Em qualquer cultura ela também está. Para termos uma ideia de como ela desperta interesse e fascínio nas pessoas, os chineses já cultivavam roseiras desde 2650 a.C.

Na Europa elas chegaram através dos persas, e de lá, as rosas conquistaram os romanos que as usavam como alimento, como enfeite em carnes e saladas.

Tipos de rosas

Se você quer começar a plantar rosas, precisa saber que existem pelo menos cinco grandes grupos delas: as roseiras bravas, as arbustivas, as trepadeiras, as de canteiro e as rosas-rugosas.

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Ao escolher uma espécie é importante levar em consideração onde pretende cultivá-la, quanto tempo poderá dedicar – algumas espécies precisam de mais cuidados, principalmente em relação as podas – se a cor harmoniza com o ambiente ou com o destino que elas levarão e quantas florações espera por ano.

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Rosas são flores que apresentam uma diversidade expressiva em formatos, cores e aromas. Imagem: Dan Gold – Unsplash.

Características de cada tipo

Rosas bravas

Ela é a antepassada de todas as outras espécies. Desenvolveu-se livremente na natureza, desde as zonas climáticas temperadas até as subtropicais do hemisfério norte. Os cruzamentos entre elas feitos precisam de alguns cuidados especiais. Já as roseiras bravas legítimas estão adaptadas ao rigor do inverno e também às condições de solo.

No outono apresentam bonitos frutos e quase todas florescem uma vez por ano. Bem diferentes das rosas compradas em arranjos de floricultura, as flores desse tipo de roseira têm apenas cinco pétalas. Nos jardins, podem tanto se transformar em trepadeiras quanto em arbustos. Espécie ideal para cercas e treliças.

Rosas arbustivas

O tamanho é semelhante ao das bravas. Chegam a ultrapassar 2 metros de altura e podem ter floração o ano todo. Nessa espécie encaixam-se os tipos modernos, as roseiras antigas e as inglesas. Desenvolvem-se isoladamente nos jardins, ou em pequenos grupos. Quanto plantadas em cercas, oferecem abrigo aos animais.

tipos de rosas e cultivos
As rosas não gostam de água em excesso e pegam inúmeras doenças quando as raízes são mantidas úmidas. Imagem: Paweł Czerwiński, Unsplash.

Rosas de canteiro

Estas ostentam grandes flores e costumam desabrochar com frequência. As roseiras chamadas “de chá” possuem haste longa e ereta, com flores de pétalas simples ou dobradas. Embora impressionem mais em pequenos grupos, são indicadas para grandes áreas e combinam com arbustos e flores de verão.

Outro grupo é formado pelas roseiras Floribundas. Elas são resultado do cruzamento das roseiras híbridas de chá e das Poliantas, produzem flores em cachos de diferentes tamanhos. Estas nos jardins, combinam com arbustos coloridos.

E há ainda, o grupo das roseiras miniaturas, que possuem cerca de 30 cm de altura e floração contínua. Estas florações crescem como pequenos arbustos. Precisam de um lugar que possam dominar e que receba bastante sol.

sementes

Rosas trepadeiras

Rambler: possui ramos finos e flexíveis, rastejantes ou suspensos, precisando de apoio para poder trepar. As flores são pequenas e desabrocham em cachos apenas uma vez por ano. Seu formato natural deriva das roseiras bravas. Em jardim, sobem por paredes e pérgolas.

Climber: possui ramos rígidos e trepa sem apoio a uma altura máxima de 6 metros. De crescimento ereto, a floração também é em cachos, muitas vezes com grandes botões, e ocorre ao longo de todo o verão.

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A forma de crescimento e as flores é o que distingue os dois tipos de rosa trepadeira. Imagem: Adrianna Calvo – Pexels.

Rosas rugosas

Podem desabrochar em cachos, uma única vez ou de forma contínua. Os cultivares variam no crescimento, tendo desde as totalmente rastejantes, de forte ou fraco desenvolvimento, passando pelas arqueadas até as eretas, com 2 metros.

As rosas rugosas cobrem o chão, mantendo-o assim longe de ervas daninhas. Se dão bem em caramanchões e são bem resistentes.

Gostou de aprender a plantar rosas e saber quais são seus tipos e características? Continue navegando pelo nosso blog e aprenda muito mais sobre o cultivo de flores e jardinagem!

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